quarta-feira, 27 de maio de 2009

Hino Nacional volta a ser obrigatório nas escolas municipais do Rio

27/05/09 - 16h43

Resolução foi publicada nesta quarta (27) no Diário Oficial.
Sindicato critica medida. Já para pedagoga, iniciativa resgata patriotismo.

O canto do Hino Nacional Brasileiro voltou a ser obrigatório nas escolas municipais do Rio. A resolução, assinada pela secretária de Educação Claudia Costin, foi publicada nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial do município. O texto, que cita a “necessidade de resgatar e despertar no aluno valores cívicos”, estabelece que as escolas da rede pública devem incluir o execução do hino às segundas-feiras, no horário de entrada dos alunos.


A resolução prevê ainda que, durante a solenidade, deverão ser hasteadas as bandeiras nacional, do estado e do município. Caberá às equipes de direção das escolas definir critérios de formação de grupos de alunos que, com os professores, ficarão responsáveis por arriar as bandeiras ao final das aulas. A decisão, no entanto, pode não ser bem recebida por todo o corpo docente.

“Não é o fato de cantar ou não o hino que lhe faz patriota. Ter aulas de todas as disciplinas daria mais sentido de pátria aos alunos. É mais uma decisão supérflua”, diz Maria Beatriz Lugão, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que acredita que a medida vai sobrecarregar os funcionários. “Na maioria das escolas está faltando funcionários”.

Procurada pelo G1, a Secretaria municipal de Educação informou que o objetivo da medida é promover um novo tipo de educação cívica para reforçar nos alunos as ideias de cidadania, responsabilidade social, e inclusão na sociedade.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Porn Love Part 01

É impressionante a forma em que a vida nos trata. Precisamos atentar, todos os dias, todos os minutos, em todos os lugares. Um rosto que vc vê na multidão pode ser o rosto que, mais tarde, irá te acompanhar para sempre.

Era carnaval...

Era meu carnaval, pois naquele momento eu me sentia livre, com a vida pulsando em minhas veias. Eu estava "naquela fase", onde podemos tudo, e podemos ter todos. Eu lembro de chegar em Ipanema já bêbado. Tínhamos que descer num ponto um pouco antes, pois a maioria das ruas estavam fechadas por causa do Banda de Ipanema, incluindo a Rua Farme de Amoedo, onde a noite fervia sem hora para acabar. Éramos um grupo feliz, de garotos solteiros, loucos pra se perder em meio daquela multidão.

Foram horas de felicidade, alegria, prazer e cerveja. Eu me sentia liberto. Quantos eu havia beijado? Quantos nós havíamos beijado? Quantos ali foram beijados? Nós contávamos, brincávamos com a disputa de quem beijava mais. E assim foi o carnaval de 2004, do começo ao fim. Não havia muita seleção.

Cansados, meus amigos e eu paramos em frente ao Bar Bofetada, exaustos, mas ainda com bastante fôlego, principalmente para observar os corpos e rostos que passavam por nós. Foi quando Fernando me chamou a atenção para um cara lindo, do outro lado da rua, olhando a gente. Quem era? Ali, ele era só mais um, que iríamos pegar. Fiquei tímido, pois ele era muito "bonitão", tinha um jeito decidido que me encabulou. "Ele está olhando para o Fernando, não para mim", pensei. E assim, incentivamos Fernando a ir atrás do americano bonitão. E ele foi.

No dia seguinte, lá estávamos nós mais uma vez, na mesma praia, na mesma rua, com os mesmos objetivos. Encontramos Fernando e imediatamente já foi comentando como o americano era gostoso, bom de cama, legal, bonito, etc. eu fiquei louco de inveja e, se eu já estava interessado, depois dessa propagando eu perdi a inibição e pedi para o Fernando me apresentar o cara, ele fez mais que isso.

"Meu nome é Dennis", disse ele com aquele sotaque pesado, onde se notava um esforço elevado para se pronunciar corretamente as palavras. Ele era um americano típico: alto, branco, malhado, cabelos curtos e loiros, olhos verdes e sorriso constante, com certeza por se sentir no paraíso. Ele tinha também uma feição um pouco perdida, a mesma feição que todos esses turistas têm quando desembarcam aqui. Um brilho no olhar diante a beleza das praias cariocas e uma preocupação na cabeça diante do temor dos pivetes e meninos de rua.

Fomos para o apartamento do Dennis, ali mesmo em Ipanema, Ele, Fernando e Eu. Confesso que eu estava um pouco nervoso, pois apesar de estar bem empolgado, aquela situação era um pouco embaraçosa. Meu amigo me levando para ficar com o cara que ele estava até então pegando... "será que vamos ter que transar os três?" eu perguntava a mim mesmo. Era a primeira vez que eu me envolvia numa situação tão "armada".

Dennis foi logo tomar um banho. Fernando e eu ficamos folheando um livro de fotos de artes, acho que de Paris, que estava em cima da mesinha de centro. Era um apartamento bonito, mas com vista privilegiada para a favela do Cantagalo. Além de repetir como o Dennis era gostoso, legal e carinhoso, Fernando me disse que ele adorava aquela vista. Achava a favela impressionante. Foi quando Dennis gritou por uma toalha. Fernando e eu nos olhamos, revelando o mesmo pensamento. Ele levantou, foi no quarto, pegou uma toalha e me deu: "Leva pra ele!"

Entrei no banheiro totalmente sem graça. Ele meteu a cara pra fora do box e fez uma cara de espanto. e isso foi horrível. Me senti um idiota, alguém que não deveria nem ter saído de casa naquele dia. Ele riu, provavelmente de sem graça também. Sem saber o que fazer, entreguei a toalha pra ele e fiquei olhando. Imóvel. E ele também. Foi então que dei um rápido, tímido e sem graça beijo nele. Ele não recusou, mas logo após perguntou, bastante confuso, pelo Fernando.

Quando apareci na sala vermelho de vergonha o Fernando me olhou sem entender. "O que houve?" eu disse o que aconteceu e ele disse para eu voltar, mas eu não fui. Ele foi no banheiro e eles conversaram enquanto eu me sentia um completo idiota, querendo correr pela porta.

Fernando me contou depois que ele não era "aquele tipo de cara", que ele não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo ou o porque o Fernando havia feito aquilo. Dennis queria namorar, sério, gostava de beijar vários no carnaval, como qualquer turista no Rio, mas acho que ele e o Fernando estavam agora se conhecendo melhor. Dennis estava errado. Eu estava errado. Todos nós estávamos errados. Seguimos em frente curtindo o último dia de carnaval que ainda restava. Nesse último dia não encontrei o Fernando, e nem sinal de Dennis.

Meses e mais meses se passaram, cada um mais intenso que o outro. Eu era aquele explosão de sexualidade. Estava numa fase muito boa, havia ingressado no ativismo homossexual no Grupo Arco Íris, e minha mãe acabou descobrindo. Depois de umas brigas feitas acabei saindo de casa e indo morar de favor com um amigo. Por um lado foi muito triste, mas por outro foi um "tapa da vida" que me fez crescer mais que nunca.

Fazias novos amigos quase todos os dias e minha vida estava caminhando muito bem, ainda com alguma inocência em relação a certos atos. Tive uns namorados, romances e amores, e principalmente concretizei alguns conceitos.

E finalmente chegou o carnaval 2005! Eu estava envolvido em um namoro complicado, arrastando e mantendo vivo até o ultimo minuto. Ele e eu passamos o carnaval em Copacabana, na casa de um amigo meu, e saímos para Banda de Ipanema apenas um dia, e naquela folia, diante de tanta tentação. Muitas vontades e nenhuma ação, eu lembrei do Dennis. Lembro-me comentando sobre ele para meu namorado, explicando o que havia acontecido e rindo. Lembrei de tudo, e foi tão gostoso lembrar daquela situação, antes tão constrangedora e agora tão hilária.

De repente Dennis estava lá, dançando, sem camisa, bêbado, no meio da multidão. Fiquei feliz em vê-lo, meu namorado e eu paramos há alguns metros de distância e apontei para ele; "É ele, o Dennis, olha!" mas meu namorado não me deu muita atenção. Fiquei então olhando o Dennis passar, dançando todo feliz. Ele olhou pra mim e riu surpreso, mas não pode parar devido a grande multidão que vinha passando. Eu retribuí com um grande sorriso, como se eu desse boas vindas ao Rio denovo. "Será que ainda tenho chances de ficar com ele?".

No dia seguinte fomos a praia. Com muita ressaca, sol e mais cerveja. Estava triste, o carnaval estava passando diante dos meus olhos e eu estava ali, podendo estar com meus amigos saindo por ai, em compensação eu estava ali do lado de um garoto que eu nem sei mais o que eu sentia. Havíamos brigado na noite anterior porque eu descobri que ele ficou com um cara dentro da casa do meu amigo. E eu nem fiquei com ninguém, nem foi um carnaval muito legal. Encontrei o Fernando, mais forte, mais bonito, ficando com um mexicano. Era muito engraçado como ele gostava de turistas. Ficava todo feliz enquanto eu preferia mais um brasileiro mesmo.....

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pânico!

Eu quero seguranças monitorando minha vida todas as vezes que viro as costas. Eu quero câmeras monitorando meus amigos quando eles não estão por perto. Quero relatórios das minhas coisas que estão longe de mim. Quero cofres e senhas. Palavras secreta e promessas inquebráveis. Eu quero saber o que vc está pensando.
Eu quero um botão anti pânico, quero viver num BigBrother controlado por mim. Quero dominar a existência e nunca mais ter que me estressar com nada.
Quero dormir de 10pm as 7am interruptos. Quero que as pessoas me obedeçam e digam que estou certo.
Quero remédios anti-stress, drogas que me levem daqui. Festas que me deixem em êxtase e conversas sem sentido para passar o tempo.
Quero consegui dormir essa noite, passar no exame de motorista, ir a Europa, começar a faculdade e "mandar bem" na entrevista do Greencard. Viver finalmente em paz...
Quero passagens pro Brasil, quero mais sexo, quero conseguir chorar pra desabafar.
Por que eu não consigo chorar? Por que guardo isso dentro de mim? Por que não deixo minhas emoções fluir, porque tenho que controlar isso?

sábado, 2 de maio de 2009

The Future Is Now!

I just realized my future is now. All my plans for the future were connected to "being" in this country. What next? I'm really not so sure yet, but it's time to think more seriously about it.
since I arrived, I have made little plans like finishing the backyard and getting my driver's license. I've also made bigger plans, like starting college, but I haven't dreamed about the more distant future yet.
maybe I'll finish college here. I feel that I'm going to leave here forever and Brazil is going to be just for vacations, but it isn't certainty. If I could be anywhere, sure I want to spend a good part of my future traveling around.
Everybody has dreams, but nobody can be sure about them. It's obvious that in the next few years many things are going to change, and everybody hopes changes will be for better. Ido too.