quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Ele e Seu Amor... e O Grande Momento.

Todos foram prestigiar o grande momento, o símbolo máximo de uma noite muito especial... porém, para ele e para seu amor, tudo era um pouco diferente. Ele particularmente olhava aquele belo símbolo e uma idéia sempre vinha a cabeça... "eita quanto capitalismo!". Mas não era momento de ser tão diferente. Prestigiou-o como todos os outros faziam, que depois seguiam seus rumos com registros que se perderão no tempo.
"É um momento muito especial para nós, mais do que para os outros", disse seu amor, querendo chegar mais perto da beleza símbolo de tanta coisa para muita gente.
Começaram a cruzar o caminho mais romântico que aquela época do ano podia proporcionar para chegarem mais perto, restrito para poucos e fora do alcance de muitos que nem sequer conseguem desejar algo parecido.
Longe da multidão, os sentimentos tomaram conta do momento. O caminho era calmo, lindo e eternizante aos olhos molhados. Nenhum dos dois ousou estragar aquele momento com palavras, até um "eu te amo" seria extremamente desnecessário.
Tão perto do símbolo máximo daquela noite, os dois se abraçavam forte, e para surpresa dele, o seu amor puxou do bolso uma inesperada carta de amor... Nem a barreira da língua, nem os soluços que antecedem o choro, foram capazes de impedir o entendimento daquelas palavras. Inexplicável por este meio dizer a energia que aquela carta carregava. A emoção estava apenas despertando.
Ele se sentia em estado de choque, nunca pensou em um dia ouvir em sua vida algo tão forte e positivo, ele não estava preparado para isso. Toda a vontade de dizer tanta coisa, de chorar tanta coisa, de demonstrar tanta coisa, eram travadas pela timidez e pelo estado surpreso que se encontrava.
Seu amor compreendera, então finalizou o momento lhe mostrando duas alianças, as mais belas e lindas alianças que o amor pode produzir, e as entregou.
"Quer casar comigo, amor?"
Não ha resposta. As palavras ainda são tão desnecessárias. A resposta já havia sido dada ha tempos, só faltava um momento... O grande momento... Esse Grande Momento.

domingo, 23 de dezembro de 2007

A TORRE DE 25 ANDARES

Começamos no meio, não sei ao certo qual andar.... estávamos em uma aula, ora parecia dentro de um ônibus, ora parecia que nossos acentos eram carros. Dentro de uma área bem grande dentro da torre.
Eu perdia meu acento, e de repente a aula não seria mas ali.
Saímos. Agora tinhamos que descer.
Fomos para as escadas, estava tudo bem ate ver que não tinhamos como descer, pois não haviam terminado de construir as escadas para descer... so havia uma solução: subir. La poderiamos sair por cima e descer por fora da torre.
Começamos a subir, andar por andar, que eram demarcados por numeros pichados a sangue na parede, cada andar tinha uma porta fechada, dando a impressao que agora estávamos presos, e não havia outra alternativa a não ser subir e subir. Cada porta havia uma energia diferente, e uma ate houvíamos barulho, como numa floresta... agora parei para pensar se ali fosse o térreo e na verdade estavamos no subsolo o tempo todo. Enfim continuamos subindo.
Chegamos no penúltimo andar, estávamos quase lá, eu fiquei para tras, com mais uma pessoa. Havia uma grande salão, velho e sujo, com duas escadarias que davam para um mezanino, sabíamos que ali era o caminho para o último andar. Perto da escada havia um duto de ar grande, com grades de ferro, numa mistura de ferrugem e sangue. Este desconhecido que ficou ao meu lado e eu sabíamos que ali morava o perigo... ou a morte.
Subindo as escadas passamos em frente ao duto e sentimos medo. De repene algo inexplicável por estas palavras puxou-o para o duto, eu olhei e corri. Chegando no mezanino, olhei e vi que na verdade era uma espécie de monstro preto e com enormes dentes afinados, batendo com a cabeça do cara ja ensaguentado com tanta força no chão que a morte foi instantânea. Arrastou o corpo para o duto.
Eu sabia que seria o próximo. A saída estava praticamente na minha frente, eu também sabia que não daria tempo. Não olhei para o duto... eu só fechei os olhos, senti o mostro gravando as garras na minha perna e me puxando, tão rápido que praticamente não senti a dor da morte.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Abalos Sismicos 2008

Estruturas abaladas. E essa energia liberada pela mãe natureza irá arrombar os portões da cidade e caminhará em direção aos mais fracos. Abalos sísmicos serão extremamente necessários para reformular essa cidade. Ninguém sairá ileso deste momento. Será uma revolução crucial, somente os mais fortes sobreviverão.

Antes da chegada deste grande dia, a terra já tremia, devagar, mas a cidade ignorava, pois nunca nada foi tão poderoso ao ponto de tira-la totalmente de sua rotina. Ninguém está preparado para este abalo. Todos serão abalados.

O tremor atingirá o Palácio do Governo, que resistirá até o penúltimo segundo. Os aranha-céus (dignos de levarem as pessoas para bem alto e longe do barulheira rotineira) cairão, matando todos que se encontravam nos últimos andares. Pontes que ligam esta cidade aos destinos passados virão ao chão, não deixando escolhas para os cidadãos.

Uma grande rachadura cruzará as ruas dos bairros antes tão amigáveis e pacatos, engolindo casas sem dó. Uma forte onda proveniente do rompimento de uma represa varrerá todo o comércio para extinção, deixando apenas lembranças em um museu futuro.

Neste momento corri para o alto de um planalto de mata virgem, onde a Calma me aguardava de pé em meio as flores. Estou pesado e ofegante... Ali estariam as respostas para o fim deste tumulto? Talvez a resposta já esteja comigo e eu só precisa de um espaço para raciocinar.

Estou farto de grande cidades? Eu quero um lugar menor para se viver?

Só sei que aqui deixo pra trás a cidade em ruínas e planto um novo 2008... seja o que Deus quiser, o que a Vida permitir e o que Eu conquistar!

vamos a luta.

Leandro Marques "Paiacan"

sábado, 15 de dezembro de 2007

Parte de Um Texto Antigo Meu... Mas Valido!

"Não me entendam mal, não sou o passaro que espontaneamente entra numa gaiola para garantir seu alimento diário. Estou me livrando disso no momento mais atrativo e isso é que me faz sentir assim: confuso, porém diferente. Estou me livrando do medo que me atraía para uma mentira, estou me livrando, aos poucos, do medo que me faz neutralizar meu corpo e mente diante da nova atração de 29’’. Eles estão seguindo o caminho errado ha anos."

sábado, 8 de dezembro de 2007

MUITO FACIL FINGIR

É muito fácil fingir... porque o medo?
Se dizer esperto, culto, valente e sabe-tudo... porque meu medo?

É muito fácil fazer o chefe sorrir... porque não tento?
É muito fácil se socializar... porque não gosto?
É muito fácil passar a bola... porque não passo?
É muito fácil conversar... porque eu não quero?

Olha só para eles, olhe para os olhos deles, olhe dentro dessas almas... as mesmas questões, vivências, preconceitos, tudo!
Para mim é tudo tão óbvio, que facilmente acho minhas respostas.

Eu não me adapto,
Eu não quero me adaptar. Eu pago pelas questões pendentes, pago pelo trabalho não realizado...
Eu pago, mas não me adapto.